Veteranos, novatos e trajetórias interessantes. A CONMEBOL Copa América 2021 promete qualidade de jogo e tática a partir do pontapé inicial, em 13 de junho.
Ser treinador de uma seleção é um desafio à parte, diferente de ser técnico de um clube, quando se tem relação diária com os atletas, o que simplifica o trabalho e as ideias de jogo. É preciso aproveitar os poucos dias com os convocados para transmitir o conceito desejado.
Nesta CONMEBOL Copa América, quatro argentinos, dois uruguaios, um brasileiro, um colombiano, um venezuelano e um português serão os encarregados de dar vida ao espetáculo dentro dos gramados.
Lionel Scaloni (Argentina)
Como jogador, teve a oportunidade de ser campeão do Mundial Sub-20, em 1997, e jogar a Copa do Mundo da Alemanha, em 2006. Como treinador, dirigiu a seleção Sub-20 e agora a seleção principal, tendo sido efetivado em 2018, depois de começar como auxiliar.
Foi o terceiro colocado da CONMEBOL Copa América 2019, no Brasil, e agora terá a missão de alcançar um troféu que desde 1993 não é da Argentina, com uma comissão técnica de grandes ex-jogadores: Pablo Aimar, Walter Samuel e Roberto Ayala.
Tite (Brasil)
Atual campeão do torneio, Adenor Leonardo Bacchi é mais conhecido como Tite. Um promissor meio-campista nos anos 1980, Tite acabou encerrando a carreira com apenas 28 anos, devido a uma lesão no joelho. Hoje, aos 60 anos, chega com a experiência de 5 anos no cargo.
O técnico carrega no currículo títulos internacionais como a Copa Sul-Americana, a Copa Suruga, a Copa Libertadores, o Mundial de Clubes e a Recopa Sul-Americana. Além da CONMEBOL Copa América 2019, na qual agora vai em busca do bi.
Óscar Tabárez (Uruguai)
O "Maestro" Tabárez dirige a equipe celeste desde 2006, depois de uma primeira passagem entre 1988 e 1990. É um dos treinadores mais experientes desta edição do torneio.
Tábarez lá levou o Uruguai a uma semifinal de Copa do Mundo pela primeira vez em 40 anos, em 2010, e acabou com um jejum de 16 anos sem um título continental do Uruguai, em 2011. Aos 74 anos, disputa sua sétima CONMEBOL Copa América.
Reinaldo Rueda (Colômbia)
O ex-técnico do Flamengo chegou em 2021 Ã seleção colombiana, logo depois de deixar o comando do Chile, para sua segunda experiência no cargo (a primeira foi entre 2004 e 2006).
Disputou a CONMEBOL Copa América com a Colômbia, em 2004, e também com as seleções de Equador e Chile, em 2011 e 2019, respectivamente. Agora, volta a seu país natal para tentar repetir o feito de 2001, quando os colombianos conseguiram seu único título continental.
Ricardo Gareca (Peru)
O argentino dirige a seleção do Peru desde 2015. Levou o país a uma Copa do Mundo depois de 36 anos (Rússia 2018) e a uma final da CONMEBOL Copa América depois de 44 anos (Brasil 2019).
Sem dúvidas, o trabalho de "Tigre" Gareca é um dos mais promissores do continente. Ele vai para sua quarta CONMEBOL Copa América e tentará repetir o feito de dois anos atrás.
César Farias (Bolívia)
Da Venezuela, mas com experiência recente no futebol boliviano. Foi técnico do The Strongest, um dos clubes mais importantes do país, entre 2016 e 2018 e se sagrou campeão logo no primeiro ano. Em 2019, assumiu como novo comandante da seleção do altiplano andino e agora vai buscar melhorar o feito do seu antecessor na CONMEBOL Copa América 2019, quando o país terminou na lanterna do seu grupo, com três derrotas em três jogos.
Sua experiência com a seleção venezuelana (2008 a 2013) e sua juventude (46 anos) o tornam um nome a se acompanhar para o futuro do futebol sul-americano.
Martín Lasarte (Chile)
Essa vai ser a primeira experiência como treinador de uma seleção para o uruguaio de 60 anos. Ele foi anunciado pelo Chile em 2021, depois da saÃda do colombiano Reinaldo Rueda.
Apesar de estrear em seleções, Lasarte tem um currículo repleto de passagens por clubes sul-americanos (Uruguai e Chile), uma passagem pela Espanha (Real Sociedad) e outra pelo Egito (Al-Ahly).
Gustavo Alfaro (Equador)
O argentino de 58 anos é mais um que estreia em seleções. Em 2020, depois da saÃda de Jordi Cruyff, Alfaro assumiu como treinador do Equador e começou um trabalho que hoje o coloca entre os primeiros colocados das Eliminatórias Sul-Americanas.
Suas passagens por clubes como Arsenal de Sarandí (campeão da Copa Sul-Americana 2007) e Boca Juniors formaram Alfaro profissionalmente para enfrentar sua primeira CONMEBOL Copa América.
Eduardo Berizzo (Paraguai)
Outro argentino que chegou ao cargo em meio a um projeto frustrado. Logo depois do adeus de Juan Carlos Osório, Berizzo aceitou em 2019 a missão de comandar a equipe guarani.
O primeiro desafio foi a CONMEBOL Copa América do Brasil, no mesmo ano, quando foi até as quartas de final. Perdeu nos pênaltis, para os donos da casa. Agora vem a segunda missão.
José Peseiro (Venezuela)
O português a serviço da Venezuela é o único treinador de fora do continente na competição. É sua segunda experiência à frente de um país (comandou a Arábia Saudita entre 2009 e 2011). A trajetória por clubes, incluindo o Real Madrid, quando foi assistente de Carlos Queiroz entre 2003 e 2004, o tornam um dos estrategistas mais experientes da CONMEBOL Copa América 2021.
Quem leva?
Entre tantos perfis diferentes, o que vai prevalecer em 2021, no Brasil? Experiência, inovação, persistência na briga pelo desejado título? Nos próximos dias descobriremos a resposta.