Antes da Finalíssima, atletas da seleção brasileira homenageiam pioneiras do esporte em campanha da CONMEBOL

5 de abril de 2023
CONMEBOL Copa América™

 

• A peça central da campanha é um emocionante spot que homenageia as pioneiras do futebol feminino no Brasil

• Jogadoras narram carta de agradecimento às pioneiras do futebol

• As jogadoras vestem uma camisa comemorativa em que se visualiza o decreto e artigo que proibia as mulheres de jogarem futebol.

 

A Finalíssima, entre Brasil e Inglaterra, em que a seleção brasileira representa todo o continente sul-americano, já é histórica. Wembley, agora com capacidade para 90 mil torcedores, receberá o maior público da história do futebol feminino do país. Os ingressos estão esgotados.

No ano em que se disputa a primeira Finalissima, também completam 40 anos da regulamentação da modalidade, após ser proibida no Brasil. A CONMEBOL homenageia o fim do decreto-lei que estabelecia que “às mulheres não se permitirá praticar esportes incompatíveis com a condição de sua natureza”.

Em homenagem às pioneiras do futebol feminino que tiveram que enfrentar esse decreto, a CONMEBOL desenvolveu uma série de ações, integrantes da campanha Futebol É Futebol.

Lançada em 2022, Futebol É Futebol tem como principal objetivo contribuir com a transformação e posicionamento da modalidade no continente sul-americano.

“Quantas de vocês puderam apenas sonhar em estar aqui hoje?” Milhares, mas as 26 que vestirão a camisa da seleção brasileira, num Wembley lotado, sabem que não chegaram lá à toa e o que representarão. Mais do que uma camisa, um legado. Em vídeo, as jogadoras narram uma carta de agradecimento às pioneiras enquanto as imagens mostram passado, presente e futuro da seleção brasileira.

As atletas também fizeram um treino com uma camisa especial, em memória a todas aquelas que não se intimidaram e seguiram em frente para que a modalidade pudesse conquistar seu espaço.

Sobre a proibição do futebol Brasil

Em 14 de abril de 1941, o decreto 54 da lei 3199 passou a proibir as mulheres de jogarem futebol no Brasil. Dentre outros trechos, o texto diz que a elas não seria permitido “praticar esportes incompatíveis com sua natureza”. A lei permaneceu por quase 40 anos, até 1979, e a regulamentação no país chegou quatro anos depois. Cerca de 45 anos de luta por direitos iguais.

Apesar do fim do decreto, muitas atletas seguiram enfrentando barreiras para seguirem a profissão. Sissi, primeira grande craque da seleção brasileira, chegou a ser impedida de jogar uma competição por ter raspado o cabelo em solidariedade a uma criança com câncer.

Sobre a Finalíssima

A partida, que celebra o encontro entre as campeãs da UEFA Euro e CONMEBOL Copa América em um acordo de cooperação entre as entidades, será na próxima quinta-feira (6), às 15h45 (horário de Brasília).

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